BOBBY de GREYFRIARS
(A HISTÓRIA VERÍDICA DE UM FIEL CÃOZINHO)
 
HISTÓRIA DE UM FIEL CAOZINHO

HISTÓRIA DE UM FIEL CAOZINHO

     Em 1858, um homem chamado John Gray foi sepultado no velho cemitério da Igreja de Greyfriars, em Edinburgo, na Escócia. Sua sepultura simples era marcada por uma lápide de pedra e não era visitada por nenhum ser humano.
     Mas a sepultura não foi negligenciada e esquecida completamente. Por quatorze anos o fiel cão do homem independente da hora e do tempo mantinha-se como leal protetor sobre o túmulo até sua própria morte em 1872. James Brown, um velho coveiro local, recorda-se do funeral de Gray e do seu cão, um jovem e pequenino terrier chamado Bobby. A sepultura foi lacrada como de costume. Na manhã seguinte ao enterro, Bobby foi visto deitado ao lado da lápide.
 
     Esta era uma invasão que o velho James não poderia permitir, porque havia uma norma que proibia cães no cemitério da igreja. Bobby foi encaminhado para fora dos portões; mas na manhã seguinte lá estava ele outra vez, e assim mais uma vez foi colocado para fora. Na terceira manhã - muito fria e úmida - James viu de novo o fiel animal junto ao túmulo, apesar de todas as explusões. James apiedou-se do cão e da sua dedicação ao dono morto passando a alimentá-lo.
     Este reconhecimento de sua devoção deu a Bobby o direito de fazer do cemitério da igreja a sua morada; e desde então, Bobby nunca passou uma noite se quer longe do túmulo do seu dono.
 
     Durante o dia, Bobby deixava o local para passear pela cidade e ir a um bar - o "Ye Olde Greyfriars Dining-Rooms". Com suas freqüentes visitas em horários fixos, Bobby tornou-se conhecido e o dono do bar, John Trail passou a alimentá-lo e dá-lhe algum carinho. Mas mesmo assim, o cão passava a maior partedo tempo no cemitério, ao lado do túmulo.
 
     Durante sua marcante vida, Bobby de Greyfriars como ficou conhecido, tormou-se famoso e querido na cidade, dos mais pobres aos mais ricos, dos mais jovens aos mais velhos. E um deles foi Lord Provost que providenciou uma licença para Bobby, pois nesse período foi criada uma lei que deveria exterminar todo cão sem dono na cidade.
 
     Bobby morreu em 1872 com quartorze anos de idade. Sua dedicada existência foi homenageada mais tarde pela construção de uma estátua, idealizada pelo Barão Burdett Coutts, defensor dos animais daquela época que também ajudou a salvar Bobby do sacrifício. A homenagem constava de uma figura em bronze do cãozinho e duas fontes, uma superior para que as pessoas bebessem dela e uma junto ao piso para os animais, simbolizando assim a união entre homens e animais, para que ambos pudessem beber da mesma fonte. A inauguração ocorreu sem nenhuma cerimônia especial em 15 de novembro de 1873. Hoje as fontes estão desativadas, mas a lenda de Bobby permanece. O bar que Bobby visitava diariamente hoje ainda existe em função disso, pois os fregueses o procuram para saber mais sobre Bobby e comprar souvenirs. O túmulo de John Gray também é bastante visitado e turistas tiram fotos ao lado da estátua de Bobby.
 
     Bobby de Greyfriars é uma história verídica do amor e dedicação de um cão pelo seu dono.

pesquisa e narração : Lenita Ouro Preto

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