QUISERA TER
QUISERA TER
 
 
Quisera ter as flores todas
Tantas mãos perfumaria
Algemadas para um abraço nunca dado
Mãos tristes e frias...
 
 
Quisera sentir o perfume no vento
Embalando o ninar da criança
Da mão que acaricia o sono
E que o berço balança.
 
 
Quisera perfumar os corações sozinhos
E neles, um afago eu daria!
Perfumar a chegada de um filho
Que há tempos a mãe não via!
 
 
Perfumaria a mesa do miserável,
Que chora o filho com fome.
Com fartura infinita...
Deus ! Em teu santo nome.
 
 
Quisera ter as flores todas
Tantas mãos perfumaria...
Dar vida ao maribundo,
Quando em seu leito morria!
 
 
O perfume do emprego,
Quem dele procuraria.
Sentí-lo no vento da liberdade,
Quem na clausura sofria.
 
 
Mãos perfumadas,
Da justiça e da ternura!
Mas que afagam generosas e
Que na fé, também curam...
 
 
Quisera ter as flores todas.
Para perfumarem os lares e seus leitos
Juntar os filhos divididos.
O amor mesmo desfeito!
 
 
Perfumaria o pranto daquele
Que chora a saudade...
O sorriso e o abraço,
Dessa tal felicidade!
 
 
Quisera ter as flores todas
Perfumando os corações!
Daquele que procura um amor
Em pálidas ilusões...
 
 
Flores nas bombas e canhões,
Perfumaria a paz!
A união dos povos
A guerra ? Jamais!
 
 
Perfumaria teu altar, Senhor!
Tua cruz, teus espinhos
Todas as religiões do mundo
Que levassem ao teu caminho!
 
 
Toda raça, toda cor!
Flores, flores, flores...
Perfume, perfume, perfume!
Que leve no vento o Amor!

José Geraldo Martinez
 

 

 
 
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