Tenho fome de tua boca, de tua voz, de teus cabelos.
E pelas ruas vou sem me nutrir, calado.
Não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta,
Procuro o líquido som de teus pés pelo dia.
Faminto estou de teu sorriso resvelado
De tuas mãos cor de furioso celeiro,
Tenho fome de pálida pedra de tuas unhas.
Quero comer tua pele como intacta amêndoa.
Obrigada!