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O ESPELHO
O ESPELHO
 
 
Ardo em desejo na tarde que arde!
Oh! Como é belo dentro de mim.
Teu corpo de ouro no fim da tarde.
Teu corpo que arde dentro de mim.
Que ardo contigo no fim da tarde!
 
Meu espelho sobrenatural,
No infinito (e esse espelho é o infinito?...)
Vejo-te nua, como num rito.
À luz também sobrenatural,
Dentro de mim, nua no infinito?
 
De novo em posse da virgindade,
- Virgem, mas sabendo toda a vida.
No ambiente da minha soledade,
De pé, toda nua, na virgindade
Da revelação primeira da vida.

Manuel Bandeira
 

 

 
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