PECADORA
PECADORA
 
 
Tinha no olhar cetíneo, aveludado,
A chama cruel que arrasta os corações.
Os seios rijos eram dois brasões
Onde fulgia o símbolo do pecado.
 
Bela, divina, o porte emoldurado
No mármore sublime dos contornos
Os seios brancos, palpitantes, mornos,
Dançavam-lhe no colo perfumado.
 
No entanto, esta mulher de grã beleza,
Moldada pela mão da natureza,
Tornou-se a pecadora vil, do fado.
 
Do destino fatal, presa, morria
Uma noute entre as vascas da agonia
Tendo no corpo o verme do pecado!

Augusto dos Anjos

Imagem de:http://www.seegmillerart.com/

 

 

 
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