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POR DECORO |
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Quando me esperas, palpitando amores
E os lábios grossos e úmidos me estendes,
E do teu corpo cálido desprendes
Desconhecido odor de estranhas flores; |
Quando, toda suspiros e fervores,
Nesta prisão de músculo te prendes,
E aos meus beijos de satiro te rendes,
Furtando às rosas as púrpuras cores; |
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Os olhos teus, inexpressivamente
Entrefechados, lânguidos, tranqüilos,
Olham, meu doce amor, de tal maneira; |
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Que se olhassem assim publicamente,
Deveria, perdoa-me, cobrí-los
Uma discreta folha de parreira. |
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